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Samba da Pedra do Sal, Rio de Janeiro, Brasil, Roda de Samba, Música Brasileira


#samba #rodadesamba #riodejaneiro Samba da Pedra do Sal, Rio de Janeiro, 06.03.2023 00:00:00 Samba da Pedra do Sal 00:02:38 Caipirinha 00:05:24 Beth Carvalho - Vou Festejar "Rio de Janeiro, século XIX: aos pés do então Morro da Conceição, um lugar era conhecido como Pequena África: ali escravos trabalhadores da estiva se reuniam para fazer oferendas tocar seus tambores e dividir momentos de alegria em rodas de samba marcados na palma da mão, no pandeiro, no prato-e-faca; O local escondido entre os altos prédios do centro carioca e os velhos casarões do passado, guarda parte da história cultural do Rio e do Brasil: Além de servir como ponto de embarque e desembarque de sal, utilizado para fabricação de couro e conserva de carne, era o refúgio dos nossos antepassados para celebrar suas culturas que deram origem ao samba urbano carioca. Uma escadaria, cercada por paredes com desenhos que remetem a história do local, nos leva a fazer uma viagem no tempo: Se aquelas pedras e paredes falassem, é possível imaginar quanta história teriam para contar. Ali um neto de escravos escreveu a maioria dos seus versos: o famoso João da Baiana. Trabalhador da Estiva, João escrevia canções bem-humoradas mas que traziam crítica ao racismo e ao regime desigual e injusto que imperava na época. A Famosa canção Batuque de Cozinha é um exemplo da maneira criativa que João encontrou de criticar a injustiça racial da época. Na pedra do sal, João se reunia com os amigos de infância de Donga e Heitor dos Prazeres, além de se encontrar com Pixinguinha para cantar seus sambas. Assim a Pedra do Sal se transformou em um reduto do tradicional samba de roda carioca, transformando-se em patrimônio cultural da cidade. Ali Donga, João da Baiana, Pixinguinha e muitos outros sambistas, cresceram e se reuniram inúmeras vezes para compor e cantar samba. Foi na Pedra do Sal que nasceu o samba urbano carioca, as tradicionais rodas que hoje fazem sucesso no Brasil e no mundo. A tradição que começou como um refúgio para negros, escravos ou brancos pobres, se perpetuou pela história e até hoje, na Pedra do Sal, faça chuva, faça sol, a tradição das rodas de samba continua firme: Hoje o Largo João da Baiana, nos pés do Morro da Conceição onde se encontra a Pedra do Sal, é palco de animadas rodas de samba as segundas e sextas-feiras principalmente. A roda é democrática: não existe cobrança de ingresso, nem lugar reservado: todo mundo pode chegar, cantar, dançar ou simplesmente escolher um canto, na pedra, na escadaria, para sentar e fazer uma viagem no tempo. Para os amantes da cultura carioca e principalmente do samba, a Pedra do Sal é um lugar místico e é impossível participar de uma roda de samba sem se arrepiar ou até se emocionar. Assim, a Pedra do Sal atrai sambistas, turistas, admiradores, curiosos enfim, gente de todo Brasil e do mundo que lotam as rodas de samba no Largo João da Baiana. No Dia Nacional do Samba, 2 de dezembro, integrantes do quilombo da Pedra do Sal celebram a lavagem da Pedra. Quem põe a mão na massa são grupos de candomblé e membros do bloco carnavalesco Afoxé Filhos de Gandhi. Há rodas de samba, de capoeira, culinária temática, exibição de filmes e palestras enfim, várias atrações que remetem a história deste lugar que é um dos berços do samba carioca." - https://www.sambando.com/pedra-do-sal-aqui-nasceu-o-samba-carioca#:~:text=Na%20pedra%20do%20sal%2C%20Jo%C3%A3o,em%20patrim%C3%B4nio%20cultural%20da%20cidade. "Com o intuito de preservar a memória do samba genuíno do século XIX — introduzido na região portuária pela diáspora baiana — um grupo de sete amigos músicos se reúne há oito anos na histórica Pedra do Sal, sempre às segundas-feiras, para louvar, com muito respeito, a ancestralidade deste ritmo brasileiro que encanta o mundo. Localizada ao pé do Morro da Conceição, a Pedra do Sal ganhou este nome por ser o local de descarga do produto, tão precioso na época, e que virou ponto de encontro dos sambistas que trabalhavam como estivadores. Toda a região no entorno da Praça Mauá era conhecida como Pequena África, pela quantidade de descendentes africanos que lá residiam, muitos deles alforriados vindos da Bahia. Segundo relatos, o samba e o choro conviviam em harmonia nas festas que ali aconteciam, especialmente as de Tia Ciata, que recebia até Pixinguinha para tocar choro na frente da sua casa para afugentar olhares curiosos, especialmente da polícia, enquanto as batucadas aconteciam à vontade, nos fundos. Foi desses encontros musicais que surgiu o genuíno samba de roda. A informalidade permanece até hoje, com os músicos tocando ao ar livre em uma mesa central, ao pé da pedra, onde apenas o som de instrumentos, como violão, cavaquinho, reco-reco de bambu, cuíca, surdo e pandeiro, são amplificados. As letras são cantadas “no gogó” e ganham voz com o acompanhamento do público, que vai se acomodando por todo o Largo João da Baiana, resultando em um emocionante encontro popular. " - https://tinyurl.com/4pa27yyh